boomer/ursinho/meliante - ADOTADO

vejam quem tomou banho, castrou e deu um trato no visual!!!!!

e nao reparem que cada um sugeriu um nome, e como ele ainda nao tem um tutor, eu aderi a (quase) todos os nomes...assim as pessoas sabem que é o mesmo....risos




bjs
Flavia

poeminha

texto e colaboração da Joice freire.
(que adotou o frajolinha)

Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada

Observava um gatinho a caminhar pelo muro...
Sorrateiro e super pomposo, andava com cuidado...
Pois era muito gordinho e preguiçoso...
Até seu miado,tão lento,vagaroso...

Parecia fazer a lua dormir...
Ele não tinha um lar com lareira e uma bola de linha para brincar!
Ele era somente preguiçoso e pomposo,malandro que só ele...


Mas, eu, por um instante o invejei...

Sua "casa" tinha um teto azul, adornado por lindas luzes estelares
E um lustre lindo como a lua(era a lua)

Sua casa não tinha paredes comuns de tijolos e cimento
Mas as árvores faziam todo um clima especial...
E ele era tão preguiçoso que só fazia o "Mi"
e esperava o cachorro fazer o "au"

em..www.florrdelis.blogspot.com(antigas)

Bom final de semana a todos!
bjs
Flavia

boomer - ADOTADO

olá pessoal
esse é o boomer, o novo resgatado de ontem...estava mendigando e comendo todo o pacote de bolacha maizena de uma senhora que aguardava o onibus chegar na Av. maria Candida, na zona norte de SP

Ele é muito, mas muito, mas muito fofo, brincalhao, alegre e divertido....

Sera castrado hoje, e logico, tomar um banho, fazer um corte na juba...risos....

portanto eu peço, se puderem ajudar na rifa em andamento, sera revertido pras despesas dele!
bjs
Flavia





timao

voces lembram do timao?

o timao foi um cachorro que eu resgatei aqui proximo do trabalho em estado de inaniçao, super bravo e agressivo.
cheio de feridas, um pouco de sarna...nao deixava chegar perto.
(na verdade, quem resgatou oficialmente foi a andrea....quando eu tentei, ele saiu correndo, eu fiquei perseguindo ele por dias....ate que estava indo pra dutra e achei ele...através de muitos telefonemas, cheguei na lilian da APASFA, que me deu o telefone da andrea)...imaginem a cara dela, sendo que ela sequer me conhecia....resgatando essa fera ai da foto...risos....e o receio de eu ser uma "golpista" e largar o cachorro na casa dela sem mais nem menos ne....mas felizmente eu nao fiz isso, sou muito certinha pra essas coisas e sempre paguei direitinho medicaçao, raçao, vacinas e lar temporario....!!!

O timao foi o motivo de eu ter iniciado esse blog. nao o projeto, porque o projeto eu trago desde criança...desde meus 8 anos, sei la....

Ele tambem foi o motivo de eu ter conhecido a pessoa que hoje é meu braço direito e esquerdo nesse projeto, a andrea. alem do projeto, ficamos com uma amizade sensacional a qual eu tenho profunda admiraçao, respeito e carinho por ela e pela Mada (sua irma).

acho que muita gente na proteçao, acabou me conhecendo por causa dele, porque ele ficou em lar temporario mais ou menos uns 3 anos.
ate no programa da luisa mel, ele participou, fico super pop. a mae dela, Sandra Zatz, nos encontramos por varias vezes em caominhadas na zoonose, e ela sempre me perguntava dele...que ele era um fofo e nao entendia o porque dele nao ter arrumado um lar ainda.

este é o timao no dia do resgate

timao apos muitos meses no lar temporario

até que um dia, um verdadeiro anjo, chamado Thaise, me procurou querendo adota-lo
palavras dela na epoca da adoçao
"
Eu também vi o anúncio da mestiça de pastor, tmb me interessei , mas preferi ele pois me comoveu o fato de ele ter sido devolvido 3 vezes, sem contar que jah está com 3 anos, logo ninguem vai se interessar por acha-lo velho..."

"Olá!!!!!!
Ele está bem sim, é um doce, naun posso imaginar como alguém pode devolver ele...
Amanhã te mando umas fotos ok????
Bjs...
Thaise"

e o timao na casa nova dele







e a mensagem que veio junto com as fotos
"O meu Timão, não podia estar melhor! Ele foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Passei por tantos problemas, e ele, foi meu amigo, e é até hoje. Inclusive estou até com problemas, pois preciso mudar de casa, mas só o farei quando encontrar lugar que aceite ele.
Seguem fotos dele em anexo pra vc matar a saudade!
Bjss
Thaise"

como eu sempre digo....adoro finais felizes!!!
bjs
Flavia

Convívio com animais favorece sistema imunológico e reduz estresse

Convívio com animais favorece sistema imunológico e reduz estresse Acariciar um cão pode elevar os níveis de anticorpos que evitam a proliferação de vírus e bactérias

© HannaMonika/Shutterstock

A convivência com animais de estimação pode contribuir não só para o bem-estar psicológico, mas também para a prevenção e tratamento de várias patologias. A conclusão tem como base a revisão de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, realizado por pesquisadores do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades. Os cientistas destacam, por exemplo, a melhora da imunidade de crianças e adultos, a redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado. O objetivo do mapeamento, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), era enfatizar informações relevantes e pouco conhecidas sobre os benefícios sociais, psicológicos e físicos na relação entre o homem e o animal.

De acordo com o levantamento, as vantagens independem da idade. Os pesquisadores da USP citam, por exemplo, um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães. Certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em crianças de um ano quando expostas precocemente à presença de um cão. Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficar menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas. “Também foi observada a redução de rinites alérgicas por volta dos 4 anos e dos 6 aos 7, devido à redução da imunoglubina E, um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico”, afirma. De acordo com a pesquisa ainda há resistência de pessoas com filhos pequenos adquirirem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de famílias com crianças até 9 anos. Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade. “Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona”, explica Carine.

continuação]

Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência, no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio, em donos de cães, gatos e outros animais de estimação e em pessoas que não possuíam bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a posse de um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente. Já no controle de hipertensão arterial, os estudos também apontam benefícios. Profissionais que viviam em condições de estresse e faziam controle do problema com medicação foram divididos em dois grupos: os que tinham cachorro ou gato e os que não possuíam animais. A pesquisadora Maria Mascarenhas Brandão afirma que, seis meses depois do início do monitoramento, foi constatado que as taxas de pressão sanguínea diminuíram para ambos os grupos. Entretanto, nas situações geradoras de estresse a resposta foi melhor para os donos de cães. Além disso, este grupo aumentou significativamente suas taxas de acertos em contas matemáticas, em relação àqueles que não possuíam os animais.

Fonte: MenteCérebro


Vamos adotar um animalzinho carente?

bjs

Flavia Ricco

dois casos pra ajuda

pessoal,
segue dois casos que estou ajudando na divulgaçao, caso alguem conheça algum adotante, ou possa ajudar, por favor, entrem em contato direto com a pessoa responsavel

Caso No. 1
Johnny - SRD
Pessoal, seguem as últimas fotos tiradas ontem 14-07-2010 do nosso Johnny, o cachorrinho abandonado aqui em Moema. Ele dormiu essa noite na garagem da Neuza numa casinha que eu comprei para ele, e está ainda aguardando uma família que queira adotá-lo.


Caso No. 2
"Boa noite amigos,
Enviei este e-mail ontem, só apareceram pessoas para saber se era real a situação, mas ninguém ajudou, indicaram um local para o Jorge levar os filhotes hoje de manhã, chegando lá, o irmão dele que foi levar, no local queriam fazer eutanasia nos filhotes, ele não aceitou e levou de volta para casa, depois ele vai me passar o nome do local para eu divulgar, que lugar assassino foi este.
Acontece que o Jorge é um jovem que não tem condições de cuidar destes bebês, eles nem abriram os olhos, precisam de mamadeira e ele tem que trabalhar, o patrão dele disse que se ele faltar no serviço amanhã, será mandado embora, pelo que pareceu ele é uma pessoa bem humilde, de um coração gigantesco, mas que não pode perder seu emprego para cuidar dos bebês, pelo amor de Deus, alguém pode acolher estes bebês para o Jorge????
Ele está desesperado, só chora, não quer que nada de mal aconteça com os bebês, mas não sabe mais o que fazer...
Em nome de Jesus, alguém ajuda o Jorge com estes filhotes????
Ele está andando nas ruas com a caixa cheia de filhotes, ninguém quer ajudá-lo, meu Deus eu imagino a agonia deste rapaz.
Contato com Jorge: (11) 7677-1869

se alguem souber, ou puder ajudar, fara diferença pra um monte de gente e bichinhos!

bjs
Flavia

tulipinha

a tulipa, a triocolor e a sialatinha (mix de sagrada da birmania) que estavam no site, foram as ultimas 3 que restaram de um resgate grande que fizemos e que as pessoas nem ficaram sabendo...pelo fato de que nesse periodo do resgate, eu estava totalmente envolvida com meu pai no hospital...muitos acompanharam toda essa trajetoria....e eles ficaram na casa da andrea. logico que eu acompanhei todo o trabalho junto com a andrea e dava dicas, porque a andrea é mais cachorreira e eu sou mais gateira..risos...uma bela dupla!!

entao, tudo começou com um pedido de ajuda de um senhor de idade que mora no meio do mato e os gatos estavam procriando entre eles.

encurtando um pouco a historia, resgatamos os filhotes, para que eles tivessem uma chance de adoçao, castramos, vacinamos e socializamos. porque todos eram lindos. mas lindos mesmo, mas ferais. nao eram bravos...brava sou eu. eles eram feras do mato. sem contato algum com humanos, eles realmente pareciam bichos da tazmania.
tanto que enquanto cuidavamos deles, usavamos luvas com raspas de couro, ou panos grossos nas maos e eles furavam, de tao agressivos e ferais que eram.

alguns vao pensar, e os adultos. Bom, os adultos, tambem sao bichos do mato, tao do mato que nao conseguimos ainda pegar nenhum deles. a ideia é castrar e devolver para o mesmo lugar. porque sao gatos adultos e alguns idosos. estao saudaveis, e o senhor que cuida deles, ate que cuida bem, porem sao gatos que dificilmente serao adotados. logico que quando conseguirmos pega-los, vamos tentar socializar para tentar doar, e entao poderemos sentir como proceder.

Porem, os filhotes, seriam a principio mais facil para que eles tivessem uma chance longe daquele lugar...

a tulipa, ainda estava em fase de socializaçao. ainda estava muito assustada e um pouco brava. mas o Claudio, uma pessoa super especial e gateiro de carteirinha, queria uma tricolor que seria chamada de tulipa. e la levei ele pra conhecer...e foi amor a primeira vista. (e um belo presente de aniversario, ja que o dia que eu o levei la era seu aniversario)!!

ele nem se importou com o fato dela ainda estar sendo adaptada. levou ela embora no mesmo dia.

vejam tulipa antes (vcs nao imaginam o baile que tivemos para tirar essas unicas 2 fotos!!! apos uns 40 minutos perseguindo uma gatinha minuscula)!!!

e tulipa depois!!!






basta um pouco de paciencia, amor e persistencia! esse é o segredo!
bjs
Flavia


frajolinha

lembram daqueles 4 adolescentes que cairam de paraquedas na minha casa quando eu tinha uma mae e 3 bebes?
pois é, um virou estrelinha, teve uma infecçao tao fulminante que nao tivemos tempo de conseguir socorrer....e os outros 3 foram adotados e muito bem adotados. o ultimo deles, o frajolinha safadinho, ficou aguardando um tempinho a mais, porque sua mami, estava prestes a casar, e sabemos que é uma correria de arrumar a casa, etc.
quando ela voltou de lua de mel, nos ligou e eu e a andrea fomos la leva-lo ate seus novos pais


ele foi tao bem recebido, um casal super do bem, a joice ja tinha uma mega experiencia com animais, e com gatos, que realmente eles eram "alma gemeas"!!!!!
vejam a vida de rei que ele leva la!




e agora da familia completa
"pai, mae e filho"!!


adoro finais felizes, vcs nao?!!
bjs
Flavia
Obrigada Joice, por cuidar tao bem deste pequenino!!

No Inferno, todos vestem roupas brancas

pra quem ainda come carne, ou me olha espantada achando que eu sou marciana por nao comer mais carne alguma.....e ainda me perguntam, porque eu nao como ou, se eu nao sinto falta.

ta ai...nao sinto falta alguma...prefiro morrer de fome a ter que me alimentar do sofrimento de um irmao animal.

retirado do site "instituto Nina Rosa"



por Denise Terra

Ainda não amanheceu, estamos diante da chuva e do frio do inverno gaúcho à espera do ônibus que irá nos guiar até um dos maiores matadouros do RS. Somos estudantes de medicina veterinária, cursando uma disciplina obrigatória de inspeção de produtos de origem animal. A maioria de nós encontra-se eufórica, à espera dos ‘momentos emocionantes’ do dia. Eu estou em um canto, sendo observada de perto pela professora e o coordenador do curso, que ao saberem que sou vegana e ativista, temem que eu tenha um colapso na linha de matança.

Entramos no ônibus e seguimos viagem. No caminho, a sensação de que as cenas que eu teria que presenciar não seriam diferentes daquelas filmadas clandestinamente em matadouros ao redor do mundo, e ao mesmo tempo o sentimento inequívoco de que estaria prestes a presenciar uma série de crimes considerados ‘necessários’ pela humanidade.

Chegamos! Ao abrir a porta do ônibus, já somos tomados pelo impregnante odor adocicado da matança das aves que ocorre dentro do estabelecimento. Adentramos o local, após termos vestido roupas brancas especiais, e começamos a visita no sentido contrário ao fluxo produtivo para evitar contaminações no produto final. Trata-se de um corredor estreito, com o pé direito baixo, quase um túnel, que desemboca em uma luz amarela intensa, para repelir insetos. Nossa guia, então, abre a porta e entramos na parte final da produção. Um sistema complexo de esteiras e ganchos, chamados nórias, passam por nossas cabeças, e neles estão fixadas pelas patas as carcaças de frango, que pingam incessantemente uma gordura fétida acrescida da água hiperclorada utilizada em sua higienização.

Sob as esteiras estão os funcionários que trabalham em pé, diante de uma bancada, na maioria mulheres, que nos olham com curiosidade e espanto. A expressão em seus rostos é de uma tristeza marcante, mesclada pelo cansaço físico dos movimentos repetitivos que têm que executar diariamente. O barulho do local é ensurdecedor e, conforme andamos, o cheiro forte torna- se cada vez mais desagradável. Em cada bancada, os funcionários devem desempenhar uma função, chamadas de linhas de inspeção, que são classificadas por letras do alfabeto. Em cada letra ocorre a retirada padronizada de determinados órgãos. Um grupo de mulheres, muitas sem luvas, trabalham retirando com as mãos, com uma destreza impressionante, a vesícula biliar das carcaças em processo de evisceração. Mais adiante, outra funcionária dedica-se a ‘pescar’ com uma barra de metal as carcaças que caem no chão, para destiná-las à graxaria, onde serão transformadas em produtos não-comestíveis. Durante a passagem das nórias podemos observar que cada uma apresenta uma marcação com uma cor, o que serve para fazer a contagem final dos frangos por produtor e repassar o lucro referente ao dia.

Uma máquina especial remove toda a carne restante presa nos ossos, que farão parte da liga que irá compor os caros e adorados nuggets. Estamos agora diante dos chillers, equipamentos responsáveis pelo aquecimento seguido de um resfriamento rápido das carcaças, com a finalidade de eliminar contaminantes biológicos da carne. Os chillers nada mais são do que grandes piscinas vermelhas de sangue com partículas de gordura que ficam boiando na superfície, onde os frangos ficam embebidos.

Olho para o chão e tudo o que vejo é sangue e uma quantidade absurda de água que parece verter de todos os lados para a limpeza das carcaças – estima-se que para a limpeza de cada carcaça de frango se gaste em média 35 litros de água! Desvio o olhar para cima e vejo carcaças sangrentas passando por minha cabeça, pois estamos nos aproximando do início do processo, quando começam a surgir aves com cabeças e penas, que são retiradas em uma máquina específica, o que deixa o chão lotado de penas brancas.

Nossa guia nos avisa que estamos chegando à linha de matança. Há uma diminuição abrupta da luz, onde funcionários trabalham quase no escuro. Os índices de depressão dos funcionários que exercem essa função são extremamente elevados, devido à insalubridade. Trata-se do início do processo de insensibilizaçã o. A luz é reduzida com a finalidade de reduzir a atividade e o estresse dos animais, que são extremamente sensíveis a este estímulo. A esteira segue com as aves penduradas na nória pela pata, de cabeça para baixo e agora passam por um túnel, onde sofrem eletronarcose – isto é, são molhadas e eletrocutadas, de modo que isso as atordoe, mas sem causar a morte. As galinhas seguem estáticas pela esteira, onde logo encontram uma serra, que fica presa a uma espécie de roda, e têm suas gargantas cortadas. Nossa guia nos explica que dependendo do tamanho das aves a altura da lâmina deve ser ajustada, para reduzir a margem de erros no corte mecanizado.

Na sequência, algumas galinhas encontram-se com o pescoço intacto, enquanto outras, mesmo com a traquéia perfurada, começam a se mexer, visivelmente conscientes. Um funcionário tem então como tarefa cortar o máximo de pescoços de galinhas que falharam na serra automática, mas a esteira passa em uma velocidade assustadora, são muitas aves que devem morrer hoje para atender à demanda do mercado, cada vez mais voraz por carne de frango. Não há tempo para cortar o pescoço de todas as intactas, nem de abreviar o sofrimento daquelas que se debatem. As aves seguem para serem escaldadas em água fervendo.

Fomos levados ao local do recebimento das cargas. Vemos caixas e caixas com mais aves do que espaço interno, em algumas há mais de dez animais. São tantas que muitas estão fora das caixas, respiram ofegantes, com o bico aberto pelo estresse e pelo medo. Elas estão há dez horas em jejum, sendo permitido o abate somente até doze horas após o início do jejum. O trabalho segue em ritmo frenético. Uma colega encontra uma galinha solta e a pega, colocando-a, de forma orgulhosa, em outra caixa que segue na esteira rumo à serra automática, emitindo um comentário de que estava feliz por ter conseguido pegá-la. Descemos as escadas e nos deparamos com o caminhão que as trouxe. Somos instruídos a não passar muito perto, pois poderíamos ser bicados pelas aves apinhadas dentro das caixas. Nos afastamos um pouco e, em poucos momentos, vemos aves soltas em cima do caminhão. Elas tentam voar mas não conseguem, e muitas acabam caindo direto no chão. Um funcionário aparece com um gancho e as junta pelas patas, como se fosse inços em meio a grama. Violentamente, ele junta o máximo de aves que pode pegar com cada mão. As aves estão penduradas apenas por uma das patas. Então, alguém lembra que ele poderia ser mais delicado e pensar no ‘bemestar’ animal, afinal, deste modo, os frangos podem apresentar lesões graves como rupturas e fraturas, o que compromete o retorno financeiro pela carcaça.

Somos encaminhados para uma espécie de área de descanso dos funcionários, onde esperamos pelo veterinário responsável pelo setor de suínos para nos acompanhar na visita deste setor. Neste momento uma funcionária, escorada por mais duas colegas, passa em estado de choque por nós. Ela estava sangrando muito na mão. Acabou de sofrer um acidente de trabalho. Ela chora muito, a lesão parece grave. Uma colega nossa se manifesta rindo, dizendo que não vai comer o frango que ela estava eviscerando na hora que se machucou! Muitos acham graça e riem. Mais à frente vejo uma placa dizendo ‘Estamos a ZERO dias sem acidentes de trabalho’ e, logo abaixo, ‘Recorde sem acidentes:83 dias’.

No setor de suínos, passamos pelo mesmo ritual de antissepsia e adentramos outro corredor estreito com luzes amarelas. Meu nariz ainda está impregnado com o cheiro da morte das galinhas e meus ouvidos ainda não se acostumaram ao barulho estridente das máquinas, que são fortemente audíveis mesmo com o uso de protetores auriculares. Uma porta se abre, e atrás do veterinário estão centenas de carcaças de porcos mortos pendurados pela pata traseira, passando pela esteira. O tamanho do animal impressiona. O veterinário nos conta que ali são abatidos 2350 suínos por dia! Os funcionários agora são em sua grande maioria homens, muitos aparentemente se orgulham de sua função, e riem enquanto serram o abdômen do animal e retiram as vísceras. Neste setor a esteira anda mais lentamente, devido ao tamanho do animal e a menor quantidade de animais que estão sendo abatidos, quando comparado ao setor de aves. Há sangue por tudo.

Para caminhar, temos que desviar das carcaças de 100 kg penduradas sobre nossas cabeças. Os funcionários realizam seu trabalho em etapas específicas da produção, uns arrancam a cabeça, enquanto outros em outra parte da sala removem os órgãos internos e outros ainda são responsáveis pela identificação de qual cabeça pertence a que corpo, através de um sistema de numeração para posterior inspeção de possíveis lesões que possam causar danos à saúde pública. Mais à frente vemos uma impressionante sequência de dezenas de porcos abatidos subindo de uma andar ao outro pelo sistema de esteiras. Somos convidados a ir até o andar de baixo onde ocorre a sangria. Para chegarmos lá temos que descer uma escada helicoidal estreita e escorregadia, devido à presença de gordura suína sob nossas botas. No meio desta escada existe uma espécie de calha por onde passam os animais mortos, ainda cheios de sangue. Nossa roupa está tapada de respingos de sangue.

De repente a temperatura do ambiente muda e começamos a sentir um calor e um barulho atípicos do lugar. Olho então para frente e vejo a cena de uma carcaça pendurada por uma pata passar por uma espécie de jogo automatizado de chamas. Durante os poucos segundos que dura o processo, podemos ver as carcaças envoltas de uma labareda azul, e sentimos um forte cheiro de pêlo queimado. As labaredas são utilizadas para eliminar os resquícios de cerdas após a remoção dos pêlos, previamente removidos por um sistema de borrachas. Chegamos finalmente na sangria. Os gritos estrondosos dos animais deveriam fazer qualquer um perceber que não é possível existir bem-estar diante da banalização da morte. Ao invés disso, muitos riem cada vez que um suíno é grosseiramente empurrado por um funcionário, munido de uma vara capaz de disparar choques de baixa intensidade, em direção a uma espécie de escorregador totalmente fechado dos quatro lados. No fim do escorregador está um funcionário de aparência assustadora com uma barra com uma espécie de ‘U’ na ponta. O ‘U’ é encaixado na cabeça do animal e suas pontas ficam em contato com a região temporal do crânio, onde um choque de grande intensidade é disparado. O animal cai como uma pedra, gerando um barulho característico de seu corpo desabando sobre a esteira metálica. Muitos apresentam contrações involuntárias nas patas, e parecem estar dando coices. Com uma destreza impressionante o funcionário seguinte corta a garganta do animal. Através do orifício na traquéia jorram litros de sangue. O veterinário nos explica que neste momento o animal ainda não está morto, mas que “conforme as boas práticas de bem-estar animal, estes devem morrer dentro de no máximo seis minutos”, após ocorrer a total eliminação do sangue pelo bombeamento cardíaco. Na verdade, o real motivo para que não se aceite a morte do animal em tempo superior a este, é evitar que a carcaça fique PSE – ‘pale, soft, exsudative’, ‘pálida, friável, exsudativa’, pois este tipo de produto não apresenta a qualidade necessária exigida pelo mercado, e consequentemente há perda nos lucros.

Somos levados até os currais onde podemos ver os suínos vivos serem empurrados para o escorregador. Eles estão em pânico, uns sobem sobre os outros, enquanto nos olham fixamente nos olhos com a real expressão do horror. Os gritos tornam-se cada vez mais altos e o funcionário os empurra com o bastão de choques. Mais atrás está outro funcionário com uma espécie de relho feito de sacos plásticos, e o desfere contra o lombo dos animais para estes andarem na direção da matança. O veterinário nos explica que o relho é feito deste material para não machucar os animais. Isto constituiria crueldade, algo condenável pelo ‘bem-estar animal’, valor muito importante dentro da empresa, e que poderia acarretar em lesões cutâneas, afetando negativamente o valor da carcaça.

Por fim, podemos ver os currais de chegada, onde os caminhões descarregam diariamente os animais para o abate. É neste local que deve ser feita a inspeção ante-mortem pelo veterinário da inspetoria. De acordo com os preceitos da humanização da morte, todos aqueles animais que chegam com fraturas na pata e que não conseguem mais se locomover adequadamente devem ser removidos em separado e enviados para a matança imediata, isto é, devem ter o direito de ‘furar a fila’ a fim de que o seu sofrimento seja abreviado. O veterinário, com muito orgulho, faz questão de dizer que “o processo precisa ser feito”! E que já que é necessário, “é preciso fazê-lo com dignidade e respeito pelos animais”; Ele ainda afirma que na indústria é possível assegurar que estes animais não passam por sofrimento, e que o seu fim é muito menos cruel do que seria se fossem predados por um leão na natureza!

Neste momento, é difícil conter o riso diante da tortuosidade do raciocínio exposto. Em local algum do mundo teríamos mais de 2000 suínos sendo predados em cadeia por leões vorazes, sistematicamente, todos os dias. Ao que consta, leões não têm a capacidade de raciocínio semelhante a um humano. Eles não podem fazer escolhas, simplesmente porque não têm como refletir sobre as consequências dos próprios atos. Leões não planejam estrategicamente como irão matar suas presas a fim de terem lucro com isso, e tampouco consideram normal a condição de degradação de outros seres de sua própria espécie em prol da satisfação do luxo de outros poucos. Apenas o ser humano é capaz de ter estratégias para a exploração máxima de todos aqueles capazes de sofrer sem de fato considerar isso. Hoje, muito se fala sobre bem-estar animal, porém trata-se apenas de um modo mais refinado de justificar injustificáveis fins.

O bem-estar animal agrada a muitos, pois consegue suavizar o sofrimento e a culpa daqueles que sustentam a indústria da morte, e ajudam a aumentar os lucros através de medidas que teoricamente são adotadas para beneficiar os animais, mas que são norteadas pelo aumento da produtividade e qualidade do produto final. O limite do ‘bem-estar animal’ vai até onde o marketing e o lucro podem vislumbrar. É inacreditável que, para a grande maioria, ingenuamente, esse ainda seja visto como o caminho para o fim do sofrimento. O sofrimento animal apenas poderá ser reduzido quando criarmos coragem para defender o direito dos animais, através da abolição do consumo de seus corpos para a satisfação fugaz de nossos desejos egoístas.

* Denise Terra é formanda em Medicina Veterinária

Instituto Nina Rosa - Projetos por amor à vida
Organização independente sem fins lucrativos

Lola adotadissima

lembram da lola?

aquela cachorra que perambulava pelo aeroporto de cumbica? que se deixou ser resgatada?

pois esse final de semana ela ganhou uma nova casa..... e que casa....!!

adoro finais felizes!
bjs






doaçao de angelina.

Brad e Angelina, o casal de cãezinhos apaixonados do Centro de Diadema, agora não estarão mais juntos, infelizmente neste sábado o Brad se foi... e agora Angelina precisa de ajuda urgente !!!

Amigos,

É muito triste a história desse casal que sempre foi inseparável, eles viviam juntos pelas ruas do Centro de Diadema há mais de um ano, eram bem quistos pelos comerciantes e moradores, que inclusive os alimentavam e faziam vaquinha sempre que era necessário levá-los ao veterinário, O Brad Pitt, era um Akita legítimo que foi abandonado com a Angelina, uma Mix de Dasch-hound e SRD, sempre estavam juntos, mesmo quando mudavam o local de dormir...

Uma protetora da cidade, chamada Janaína, tentou com muito esforço conseguir um lar para os dois, chegou a divulgar no site da Anda, mas eles não tiveram sorte e continuaram sendo cuidados na rua mesmo.

Porém há uns quinze dias o Brad começou a ficar estranho, não se mexia como de costume e tinha uma expressão de dor, novamente foi feita a vaquinha e ele foi levado para o veterinário, mas desta vez o problema era grave, ela estava com uma anemia profunda e um quadro de infecção por agente não identificado, poderia ser cinomose, erliquia ou bactérias.

Foram colhidos exames e enquanto os resultados não ficavam prontos o Brad piorou tanto que teve que ser internado e receber transfusões de sangue, a clínica em que ele estava não tinha condições para fazer os procedimentos, foi uma correria para conseguir local apropriado e mais ainda para conseguir as duas bolsas de sangue na Hemovet, mas a Janaína sempre os acompanhou, batalhou e no dia seguinte ele estava internado e recebendo o sangue, mas no outro dia vieram os nefastos resultados: os rins haviam parado de filtrar, então de nada adiantava tratar a infecção ou continuar as transfusões, ele não iria melhorar.... a uréia acumulada estava lhe causando dores terríveis...e sem saída a Veterinária o colocou para dormir.

Sua fiel companheira Angelina ficou perdida procurando por ele nas ruas do Centro, agora parece que percebeu que é em vão e está muito tristinha, chora toda noite, ela é muito meiga e obediente e precisa com a máxima urgência sair da rua e encontrar a paz de um lar!

Por favor ajudem-na antes que ela tenha um fim trágico !!! Ela já está castrada e será vacinada, se você não puder ajudar diretamente repasse este apelo aos seus conhecidos, vamos salvar esta vidinha inocente !!!

Obrigada de coração,

Susana

Contatos para adoção com a Janaína

11-8652-9512 / jvidal.rocha@gmail.com










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