VETERINÁRIOS ALERTAM PARA OS PERIGOS DE FOGOS DE ARTIFÍCIOS PARA OS ANIMAIS

Recomendação é ensinar o animal a se acostumar com o som. Em alguns casos, o bicho precisa ser medicado por um médico veterinário.
Paçoca e Whisky buscam refúgio dentro de casa​ (Foto: Júnior Costa/G1)Paçoca e Whisky buscam refúgio dentro de casa​ (Foto: Júnior Costa/G1)Com a chegada das festividades de final de ano, especialistas apontam que a pirotecnia promovida nas festas de Natal e Ano Novo acabam provocando palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle e medo de morrer nos animais. Muitas vezes, os animais, por sentirem medo extremo, acabam fugindo.
Por isso, veterinários recomendam nesta época do ano atenção redobrada para qualquer agitação do animal de estimação e apontam cuidados especiais que os donos dos pets devem ter com os bichos que possuem fonofobia, medo de sons, como os de fogos de artifícios, por exemplo. Algumas dicas podem acalmar o animal e ainda evitar acidentes domésticos.
O veterinário Rodolpho Borges revela que o medo do som alto pode estressar o pet e, agitado, pode acabar se perdendo, fugindo e se machucando com gravidade. "Alguns animais se aterrorizam com o som dos fogos, e ao tentar fugir e se esconder, podem acabar se machucando, por isso é importante colocá-los em um local seguro e deixá-los o mais confortável possível", contou o médico.
Bela fica agitada com barulhos intensos (Foto: Juliana Dias/Inter TV)Bela fica agitada com barulhos intensos (Foto: Juliana Dias/Inter TV)
O especialista diz que a fonofobia é normal e que essa época do ano é o período que o animal fica mais assustado. Ele diz que as pessoas possuem a mania de adular, acariciar e até mesmo dar colo ao pet quando ele se assusta de forma repentina. Mas garante que o dono deve fazer o contrário.
"Durante os fogos não mude o comportamento. Algumas pessoas tendem a mimar, abraçar e dar mais carinho no momento dos fogos. Ao invés de ajudar, acaba aumentando o medo do animal, que acaba associando o medo ao carinho, e toda vez fará isso. Muitos proprietários demonstram preocupação antes dos fogos, e a linguagem corporal deixa o cão mais ansioso e com medo, então não mude o comportamento", ensinou.
O correto, segundo o veterinário, é deixar o pet à vontade dentro de casa e minimizar os efeitos sonoros sobre o animal de estimação. "No momento dos fogos tente camuflar o som, ligue a TV ou rádio. Feche portas e janelas, deixe-o procurar um local confortável. É importante não forçar o animal a fazer o que ele não queira. É normal ele se esconder, para tentar se sentir confortável", explicou Rodolpho Borges. 
Whisky e Paçoca fazem de tudo para chamar a atenção (Foto: Júnior Costa/G1)Whisky e Paçoca fazem de tudo para chamar a atenção (Foto: Júnior Costa/G1)Em casos mais severos, quando as dicas não funcionam, o especialista diz que um veterinário deve ser procurado. "Procure o médico veterinário, pois a utilização de medicamentos para ansiedade ou tranquilizantes poderão ser necessários", enfatizou.
Para acabar como medo, o médico veterinário explica que o dono do animal deve trabalhar a fobia junto com o amigo de estimação. "Procure um vídeo com o som de fogos e deixe-o ouvir em volume baixo, várias vezes ao dia. Associe o som com alguma coisa que ele goste, por exemplo, carinho, petiscos, brincadeiras. Ao longo dos dias aumente o volume do som, deixe-o associar barulho de fogos. Com o tempo, ele irá se acostumar", ensinou.

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