DORMIR COM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO NA CAMA
Pode parecer esquisito que algumas pessoas gostem
de dormir com seu bicho, mas esse comportamento, atualmente, é muito
comum. Dados da pesquisa Radar Pet, realizada em 2012 pela Comac
(Comissão de Animais de Companhia), do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria
de Produtos para Saúde Animal), em sete capitais brasileiras,
mostrou que no Brasil 55% dos cães dormem dentro de casa. De acordo com a mesma
pesquisa Radar Pet, 23% dos cães dormem no quarto dos tutores.
Outros 12%
têm dormitório só para eles. Há ainda 11% que dormem na sala e 9% ficam
no banheiro ou lavanderia. Nos EUA, 60% dos lares têm animais de estimação (americanos
gastam mais dinheiro em comida de cão do que em comida de bebê).
Desse total,
cerca de 78 milhões são cães e 86 milhões são gatos e, segundo o American
Pet Products Association, quase metade dos cães dormem nas camas de seus
tutores sendo que 62% dos tutores de cachorros pequenos dormem com o
animal e 32% das pessoas que têm animais maiores admitiram dormir com o bicho.
As vantagens em conviver com um animal são
inegáveis, e essa convivência traz ganhos para a saúde física e
psicológica dos seres humanos.
Segundo Marty Becker, médico veterinário americano, autor de “O Poder Curativo dos Bichos”: “por meio de um relacionamento íntimo com nossos animais, despertamos em nós características poderosas como lealdade, amor, instinto e jovialidade”.
Segundo Marty Becker, médico veterinário americano, autor de “O Poder Curativo dos Bichos”: “por meio de um relacionamento íntimo com nossos animais, despertamos em nós características poderosas como lealdade, amor, instinto e jovialidade”.
Os animais oferecem companhia e amor, sem as exigências dos seres humanos, além de aceitarem seus tutores sem nenhum julgamento. Os benefícios, em termos de saúde física e/ou mental, resultantes do convívio entre humanos e bichos têm sido relatados em pesquisas científicas. Abaixo alguns desses resultados:
- segundo relatório da Associação Americana do
Coração, conviver com um animal reduz o risco de doenças cardíacas. Testes
determinaram que uma pessoa que sai para passear com seu cachorro cumpre 54%
dos níveis recomendados de exercícios diários, favorecendo o funcionamento do
sistema cardiovascular. Nesse sentido, pesquisadores da Universidade de Sydney,
Austrália, recomendam que as pessoas caminhem com seus cães no
mínimo 150 minutos por semana. Além de manter o coração saudável, a
caminhada melhora a disposição;
- os bichos diminuem o estresse, baixando a
frequência cardíaca, a pressão arterial e o colesterol. O professor Warwik
Anderson, da Universidade de Sydney, Austrália, descobriu que os tutores de
cães e gatos têm taxas mais baixas de triglicérides e colesterol do que os não
tutores;
- outros estudos sugerem que acariciar um animal
reduz os níveis de estresse. Isso ocorre porque, ao passar a mão pelo corpo do
animal, o organismo libera oxitocina, um hormônio relacionado ao vínculo
emocional. Esse processo gera uma sensação de calma e bem estar em ambos, tutor
e animal;
- estudos recentes apontam que crianças entre cinco
e doze anos que convivem com animais, possuem mais sensibilidade e compreendem
melhor os sentimentos de outras pessoas - têm mais empatia;
- segundo o médico Ganesha Wegienka, do Henry Ford
Hospital, que conduziu uma pesquisa, em entrevista ao jornal Daily Mail:
“a exposição de crianças a animais de estimação no primeiro ano de vida
reduz pela metade a chance do bebê desenvolver alergias respiratórias”;
- pesquisadores do Sistema de Saúde Henry Ford
em Detroit concluíram que crianças com idades entre seis e sete anos reagiam menos
à agentes alergênicos comuns se elas foram expostas a dois ou mais gatos ou
cachorros quando essas tinham um ano de idade. Eles também descobriram que
crianças, durante a fase de bebê, que estiveram em contato com animais de
estimação, tinham melhor funcionamento pulmonar. O contato com gatos ou
cães faz com que bebês tenham menos chance de desenvolver doenças
alérgicas tais como, asma, eczema e rinite alérgica;
- pesquisadores da Finlândia comprovaram que
crianças que mantinham mais contato com animais gozavam de um sistema
imunológico mais forte e corriam menos riscos de sofrer de doenças
respiratórias infecciosas;
- em seu livro
“La Ronron Thérapie”, a jornalista francesa Véronique Aïache, devidamente
baseada em trabalhos científicos, explica: o veterinário francês Jean-Yves
Gauchet testou o poder do ronrom dos gatos em 250 voluntários, submetidos
a uma gravação de 30 min do ruído de Rouky, o gato do veterinário. Ao fim do
estudo, os participantes declararam sentir mais bem estar, serenidade e uma
facilidade maior para dormir. No ano passado (2012), a Apple lançou em parceria
com o veterinário Gauchet um aplicativo para iPhone que usa o ronrom para
amenizar os efeitos que a diferença de fuso horário provoca em viagens;
- outros estudos mostraram que pessoas com
hipertensão ou obesidade também podem se beneficiar da companhia dos bichos e
até crianças com autismo, surdez e gagueira se desenvolveram melhor ao
lado de cães e gatos;
- segundo um estudo publicado no British Medical
Journal, quem convive com um animal tem mais disposição. 82% dos tutores
declararam que seu cão ou gato os faz sentir melhor quando estão tristes.
Brincar com os animais eleva os níveis de serotonina e dopamina e diminui os de
cortisol;
- tutores de animais possuem oito vezes mais
probabilidades de sobreviver um ano após um infarto. Um estudo realizado
por Érika Friedman e Sue Thomas, 1995, identificou que, tutores de cães tinham
sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não tutores. Para esses
pacientes, a ideia de voltar para casa e contar com a companhia e afeto de seus
bichos aumentava a sensação de bem estar, que se traduzia em uma maior
expectativa de vida;
- de acordo com outros estudos, animais podem
ensinar e orientar as crianças que sofrem de transtorno do déficit de atenção
com hiperatividade (TDAH), ao criar uma rotina de atividades diárias. Alimentar
os animais, banhá-los e levá-los para passear, pode ajudar essas crianças
a relaxar e a aumentar a interação social.
Além dos muitos
benefícios que trazem à vida dos tutores, os animais estão, cada vez mais
próximos dos seres humanos, e esses fazem de tudo para agradá-los. Esses
estreitos relacionamentos criam vínculos fortes e duradouros e pode até
haver dependência do humano em relação ao bicho. Num estudo da “My Social Petwork” com 2000
pessoas na Inglaterra, a maioria dos tutores prefere a companhia
dos seus bichos à dos seus amigos humanos. Além disso, 90% preferem
trocar carinhos com seus animais e um em cada cinco tutores já cancelou
compromissos para ficar com seu cão ou gato. Para os tutores da pesquisa é
natural fotografar e compartilhar fotos dos bichinhos.
Sendo assim, os animais estão deixando os
quintais para participarem do dia a dia das pessoas dentro de seus lares. E
quanto a dividir a cama com o bicho de estimação? O Dr.
Fernando Carneiro Cavalcante afirma que “do ponto de vista médico, não é
recomendado dormir com animais na cama, mas desde que haja higiene rigorosa dos
bichos, é possível conviver dessa forma”. Segundo a Drª Débora Santoro: “eu, como
pessoa e como veterinária aceito que o animal durma na cama do tutor, e receba
muito amor e carinho, desde que haja
higiene adequada do bicho e do ambiente – limpeza das patinhas (cães e
gatos); vermifugação correta; aplicação de antipulgas e carrapatos mensal;
vacinação correta anual; banhos semanais nos cães e mensais nos gatos”.Grande parte dos tutores afirma que adora dormir com seu cão ou gato! Caso o tutor decida dormir com seu animal, os veterinários alertam para a verificação da saúde do animal: sem pulgas ou carrapatos, a vacinação deve estar em dia, banhos com a frequência indicada pelo veterinário (com limpeza dos ouvidos) e os vermífugos precisam ser aplicados no prazo correto. Outra providência é trocar as roupas de cama todos os dias. E, deve-se lavar e secar muito bem as patinhas do bicho depois do passeio na rua, no caso de cães – no caso de gatos, lavar as patinhas após o uso da bandeja sanitária. E, obviamente, o animal deve passar por consultas periódicas com o veterinário. Portanto, seguindo essas regras, dormir com o animal é uma atitude pessoal, levando-se em conta que as vantagens e desvantagens também passam por questões emocionais.
Porém, a consequência de amar profundamente o animal de estimação, vai muito além de dormir com ele - mas tratá-lo com respeito, cuidar dele responsavelmente no âmbito de sua própria espécie, castrar, vermifugar, vacinar, telar janelas, levá-lo ao veterinário, passear, brincar, afagar, prover a limpeza dos dentes e banhos, escovar, cuidar da alimentação e, principalmente, jamais abandoná-lo sob nenhuma circunstância: ampará-lo na doença e na velhice.
Pesquisa:
TEXTO REGISTRADO NA BIBLIOTECA NACIONAL – DIREITOS AUTORAIS – Reprodução permitida, desde que, com todos os créditos da autora e de seu trabalho.
Martha Follain: Formação em Direito, Neurolinguística, Hipnose e Regressão. Terapia Floral de Bach, Aromaterapia, Terapia Floral de Minas, Fitoterapia Brasileira, Cromoterapia, Cristaloterapia, Terapia Ortomolecular, Bioeletrografia, Terapia de Integração Craniossacral - para animais humanos e animais não humanos. Consultora da “Phytoterápica”.
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mfollain@terra.com.br
3 comentários :
Olá , vi seu blog na lista do blog "Siga-me" vim conhecer e já estou te seguindo,
vem seguir o meu também.
Beijinhux, Marie.
algodaotaodoce.blogspot.com.br
Aqui em casa não abrimos mão da companhia da nossa gatinha Mina na hora de dormir. A casa e as camas são dela também, afinal, ela é da família ;)
Olá!
Aqui em casa, minha Fiona dorme comigo e com meu marido toda noite!
Mas, acho importante a questão da higiene, a minha pequena é super limpinha e sem pulgas!!
Beijos!!
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